10.12.01

Dia de Gibi Novo: Graffiti Kitchen

Ano passado, durante um evento aqui em Salvador, encontrei o stand de uma livraria que estava vendendo quadrinhos. Comode costume, separei uma pequena pilha de coisas para comprar, me obrigando ao sempre doloroso processo de seleção. Uma das que não comprei foi Graffiti Kitchen. Esse ano, no mesmo evento, a revista constinuava lá na livraria. Uma vez que minha curiosidade continuava, resolvi arrastar - mediante pagamento - a revista para casa.

Não me decepcionei. Sabia o quê podia esperar, pois já tinha visto algumas páginas avulsas e histórias menores da mesma série. Graffiti Kitchen faz parte de Alec uma mais ou menos auto-biografia de Eddie Campbell.

Gostei bastante e achei meio parecido com os filmes de Woody Allen: eventos quase reais são narrados através de estruturas narrativas bem claras e claramente artificiais. Os desenhos são diferentes de From Hell: muito mais relaxados, às vezes quase rascunhos. A história não é o importante para aproveitar o gibi, retratando um certo período da vida do protagonista Alec no qual ele se envolve com uma garota e a mãe dela. E mais algumas mulheres.

Acho que vou começar a escrever coisas descaradamente auto-biográficas. Parece dar um, para usar o termo técnico, mojo potentíssimo.

Algum dia da semana passada terminei Kling Klang Klatch. É bem legal, apesar de não ter envelhecido tão bem quanto outras coisas publicadas na mesma época. Parece que às vezes os autores querem inserir elementos demais e se perdem, ou melhor, perdem o ritmo da história.